Centrais Sindicais e Participação Política

O ano de 2012 vem sendo pautado por profundas mudanças no âmbito dos Movimentos Classistas, Sociais Ideológicos-políticos, Ideológico-partidários, lutas por participação nas decisões, transparência e no controle social.

Causando estranheza, mesmo em seu meio, a CUT – Central Única dos Trabalhadores (conhecida como braço forte do PT) enveredou-se por uma campanha contra o imposto sindical, com várias lideranças cooptadas pelo partido, hoje totalmente estruturada administrativa e financeiramente, vem pregando o fim desta forma estrutural sindical que contribuiu para eleger o Primeiro Presidente da República, da classe trabalhadora do Brasil.

Reconhecidamente, a CUT teve uma importância muito grande para a democracia, no período da ditadura, da reforma econômica e como entidade apoiadora dos movimentos de esquerda na implantação de um sistema que comporte a vida cidadã. Porém, no processo histórico de alternância de poder, é importante refletirmos sobre qual tem sido o comportamento da entidade ao longo dos anos onde o PT tem sido “Situação”.

Qual tem sido o papel da entidade frente aos Mensaleiros, ao “Valérioduto” e aos mais recentes escândalos envolvendo Carlinhos Cachoeira e a Delta?

Muito pior que a omissão, um fato bastante grave começou a ocorrer recentemente: a entidade passou a atacar membros da UGT, União Geral dos Trabalhadores do Estado de Tocantins e do  SINTEC/TO - SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO TOCANTINS. .

Os ataques começaram a acontecer ao presidente licenciado do SINTEC-TO; possivelmente motivados pelo fato de o Presidente estar concorrendo a vereador no município de Palmas-TO, nas próximas eleições ainda em 2012. A CUT reuniu representantes de sindicatos de outras classes trabalhadoras para investir contra a diretoria do SINTEC, Sindicato dos Trabalhadores de Crédito do Estado de Tocantins. Para compreender o caso é necessário entender o surgimento da UGT:

Contrapondo-se à CUT, num histórico Congresso em 19 de julho de 2007 no Palácio Anhembi, 3 mil trabalhadores começaram a construir um novo Sindicalismo no Brasil; a partir deste marco histórico surge a UGT, União Geral dos Trabalhadores, construindo assim uma nova história no Sindicalismo no Brasil, a mais nova Central do Brasil hoje é a que mais cresce ocupando a terceira posição em número de trabalhadores representados (Durante o Congresso Nacional de Trabalhadores que se realizou nos dias 19, 20 e 21/07/07 em São Paulo, Capital, e reuniu mais de 3.400 delegados, representando 623 entidades sindicais de todo o país e mais de 5 milhões de trabalhadores,  ocasião em que foi eleita a 1ª executiva nacional  para um mandato de 4 anos tendo como presidente Nacional, o sindicalista Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo Fonte: http://www.ugt.org.br/Historico.asp?RowId=05000000&RecId=5).

Este processo tem em seu alicerce a incansável luta por uma sociedade com mais justiça social, onde a educação, a cultura e a saúde sejam acessíveis a todos. A dignidade e o trabalho decente devem ser regra e não exceção.

Segundo esta nova orientação, os sindicatos, associações e correlatos representantes da sociedade civil têm que estabelecer laços ainda maiores em defesa dos trabalhadores. Os representantes da categoria trabalhadora devem ter noção de que a realidade trabalhista vai muito além da conflituosa relação Sindicato x Empresa; as entidades sindicais devem estar preparadas para defender os trabalhadores nas decisões públicas e políticas; devem posicionar-se concretamente no que diz respeito a qualidade de vida do cidadão.

 

Em 2012 foram criados os núcleos Sindicais no PSDB em todo o território nacional, onde através desta nova concepção consolidar-se-á a participação das forças sociais no Partido da Social Democracia Brasileira.

Desta forma, o trabalhador e seus representantes terão mais espaço no meio político, Legislativo e Executivo; da mesma forma que existem as bancadas ruralistas, das indústrias e do comércio, o Trabalhador também têm que ter suas demandas defendidas sob a ótica de quem conhece a realidade operária no Brasil, defendendo os projetos de leis que muitas vezes contradizem com os interesses das outras classes.

Enfim, fica o alerta aos trabalhadores, sindicalistas e colaboradores: não se deixem levar por discursos vazios e decorados sobre capitalismo e neoliberalismo; somos donos de nossos destinos; precisamos combater com urgência a corrupção, o desperdício de recursos públicos e o analfabetismo político de nossa sociedade, entre outros males que permeiam as relações sociais e de poder.

Luciano de Souza 

SINDIMUSI-TO

Estamos publicando o direito de resposta do Sr. 
Eloisio de Freitas Neves
Bancario
Diretor Cutista