terça-feira, 15 de abril de 2014

Trio Madeira Brasil no Clube do Choro em DF

Quem esteve em Brasilia na semana que passou teve a oportunidade de curtir a maravilhosa sonoridade deste grupo que mistura a  incrível sonoridade do Bandolim, Violão de 7 cordas, Violão e Viola Caipira (de Arame, ou simplesmente a guitarra barroca ).

Clube lotado com repertório de arranjos próprios que varia entre clássicos do choro até a bossa nova de Tom Jobim o trio levou o público à aplaudir incansavelmente suas apresentações .  

O show começou já na entrada do clube com as rodas de alunos que ia chamando a atenção de quem ia passando para assistir o Trio.

 Funcionando desde 2013 em seu novo espaço, o Clube oferece um ótimo atendimento, vale a pena conhecer. 




Trio Madeira Brasil, uma das melhores novidades surgidas no universo da música instrumental brasileira nos últimos tempos, reúne três virtuoses em torno de uma proposta artística ousada: fazer uma música ao mesmo tempo calorosa e bem acabada. Para isso, lança mão de um repertório tão precioso quanto eclético, representando o que há de melhor na nossa cultura e atento a outras manifestações.

A partir do lançamento de seu primeiro CD, em 1998, saudado com entusiasmo pela crítica especializada, o TMB vem colecionando grandes êxitos em sua carreira:

•Indicações de “Melhor Disco” e “Melhor grupo” no Prêmio Sharp

•Participação no Free Jazz Festival 99, onde se destacou como única atração nacional a obter cotação máxima no ranking do jornal O Globo (RJ)

•Gravação de especial para a TV Francesa com o violonista Baden-Powell

•Participação no Festival Chorando Alto, mais importante festival da história do Choro, ao lado do compositor Egberto Gismonti (Sesc-Pompéia-SP)

•Eleito melhor show instrumental do ano pelo jornal O Globo (RJ)

•Extensa turnê pelo Brasil, demonstrando que o público do Trio Madeira Brasil alcança todo o país

•Turnê pelo arquipélago do Tahiti, no projeto “Musique en Polynésie”, que pela primeira vez convidou  um grupo Brasileiro para se apresentar na Polynesia  Francesa

•Turnées pela França, Itália, Áustria, Bélgica, Suíça, Chile, Colômbia e Portugal, com passagens por importantes festivais, como o Vignola Jazz, Festival Rio-Loco, Visions du Réel, Festival de Guitarra de Santo Tirso, Rock in Rio-Lisboa e Berlin Jazz-Fest

•Inclusão de faixas de seu CD em trilhas sonoras de televisão e cinema, bem como compilações variadas

•Participação no CD “Filosofia”, do cantor Zé Renato, dedicado ao repertório de Noel Rosa e Chico Buarque, tendo este como convidado

•Lançamento em 2003 de CD em parceria com o compositor Guilherme de Brito, onde recria através de elaborados arranjos os maiores sucessos do compositor, com ênfase nas parcerias deste com Nelson Cavaquinho. O CD arrancou por parte da crítica especializada adjetivos como “clássico” e “essencial”

•Lançamento em 2004 do CD "Trio Madeira Brasil e Convidados", gravado ao vivo em São Paulo, no qual o trio carioca convida três grandes músicos paulistas: o pianista Laércio de Freitas, o clarinetista Proveta e o acordeonista Toninho Ferragutti.

•Participação no CD "Choros e Alegria" do compositor Moacir Santos.

•Participação no documentário sobre Choro "Brasileirinho", com direção do finlandês Mika Kaurismaki e direção musical de Marcello Gonçalves, que teve sua estréia em Fevereiro de 2005 no Festival de Cinema de Berlim.

•Representou oficialmente o Brasil na Copa do Mundo 2006, com show na Casa das Culturas do Mundo, em Berlim.

•CD “Quando o Canto é Reza”, em parceria com a cantora Roberta Sá, que levou ao grande público a obra do compositor do Recôncavo Baiano Roque Ferreira. Saudado como “primoroso” e “irretocável”, o trabalho recebeu o prêmio de melhor disco de MPB no Premio da Música Brasileira.

Apresentando uma constante alternância de solistas e reservando considerável espaço para os improvisos, os arranjos musicais do Trio Madeira Brasil transparecem um perfeito equilíbrio entre tradição e modernidade. Seus componentes, mesmo tendo experiências diversificadas, são músicos conceituados no meio musical:

Ronaldo do Bandolim (1950) é um dos maiores bandolinistas brasileiros e há duas décadas tem emprestado seu som e seus deliciosos improvisos ao Conjunto Época de Ouro, o mais tradicional grupo de Choro em atividade. Participou de gravações antológicas com grandes nomes da música brasileira, como Marisa Monte, Paulinho da Viola, Rafael Rabello e Chico Buarque. Gravou dois cds solo, um em homenagem a Juventino Maciel e Jonas do Cavaquinho e outro em dedicado a Ernesto Nazareth.

Zé Paulo Becker (1968), antes de mergulhar fundo no mundo do Choro, construiu uma sólida reputação como violonista, dominando o repertório clássico e ganhando prêmios significativos em concursos de violão. É mestre em música pela UFRJ. Lançou os CDs Lendas Brasileiras, com arranjos para violão solo de clássicos da música brasileira; Sob o Redentor, com composições próprias, sendo duas em parceria com Aldir Blanc; Um violão na roda de choro, junto com um álbum de partituras, levando assim suas composições para todas as rodas de Choro; e Pra Tudo Ficar Bem.

Marcello Gonçalves (1972), um dos mais celebrados violonistas de 7 cordas do Brasil, é também integrante do grupo Rabo de Lagartixa e tem duo com Henrique Cazes, com quem gravou o CD Pixinguinha de Bolso, dedicado à obra do mestre do Choro, e Vamos Acabar com o Baile, sobre a obra de Garoto. Diretor Musical de trabalhos marcantes da música brasileira, como o documentário sobre Choro “Brasileirinho”, o CD/DVD “Uma Noite Noel Rosa” e "Quando o Canto é Reza" de Roberta Sá e Trio Madeira Brasil, além da Produção Musical de "YV", de Yamandú Costa e Valter Silva. Desenvolve também carreira de solista, gravando e participando de festivais internacionais de Guitarra.

Clube do Choro – As primeiras reuniões onde o choro foi a peça principal ocorreram na sala do apartamento da flautista Odete Ernest Dias. Com a movimentação, viu-se a necessidade de um espaço próprio para os encontros. O grupo de amigos pediu e o governador da época, Elmo Serejo Farias, consentiu que o vestiário do Centro de Convenções Ulysses Guimarães se tornasse palco das animadas rodas musicais. Desta forma, em 1977, o Clube do Choro teve pela primeira vez um espaço físico cativo para disseminar e divertir aqueles que apreciavam o estilo.

O lugar cedido foi palco para mais de 2,5 mil apresentações até o fim do ano passado. Na comemoração dos 33 anos do Clube do Choro, as atividades ganharam uma nova estrutura e mais reconhecimento. Por meio de um esforço conjunto entre os músicos, administradores de projetos e a Secretaria de Cultura do DF, foi erguido um novo prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, inaugurado em novembro passado.

O espaço tem dois mil metros quadrados, onde funciona o Café-Concerto, agora ampliado para 420 lugares, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, com capacidade para mil alunos, e o futuro Centro de Memória e Referência do Choro, sob supervisão da Universidade de Brasília (UnB).



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