quinta-feira, 29 de maio de 2014

Folia do Divino Espírito Santo em Silvanópolis

18-05-2014
Ao longo dos próximos meses serão retratadas e comentadas algumas manifestações culturais do Estado do Tocantins.

Os relatos são recortes  de um projeto maior que em breve será divulgado no Blog Cultura-TO.



Folia do Divino em Silvanópolis

A ação na comunidade caracteriza-se como uma manifestação popular cultural que expressa através de sua organização e sua execussão garantir a manutenção de geração a geração por meio da memória seus traços da indentidade coletiva e individual.





A Cidade

A origem da cidade de Silvanópolis foi com o povoado denominado de "Extrema", nas proximidades do Ribeirão do mesmo nome, em terras da fazenda Landi, no Município de Porto Nacional, de propriedade do Sr. Januário da Silva Guimarães e demais familiares da Família Silva Guimarães. Iniciada com a tradição de simples reza do terço, realizada todos os anos à Nossa Senhora de Sant'Ana, na sede da Fazenda do Sr. João Guimarães, irmão do Sr. Januário da Silva Guimarães, na década de 1903, celebrou-se a primeira Missa, por Frei Reginaldo, de Porto Nacional, organizador dos festejos. Em 1931, originou-se a primeira capela, construída de adobes, coberta de telhas, pelos pedreiros Tertuliano Rodrigues Campos e Vicente de Carvalho Oliveira.
Com a construção da capela, sobreveio a idéia da criação de uma Escola isolada, de pau-a-pique, coberta de palha, tendo como primeiro professor, Arcino da Silva Guimarães, conhecido por Sulino, filho do Sr. João da Silva Guimarães. Mais tarde, o Sr. Januário da Silva Guimarães, doou à Santa Nossa Senhora Sant'Ana, cinquenta e sete (57) alqueires de terra. Os moradores da região começaram a povoar a localidade, construindo as primeiras moradias todas em ranchos de palhas, com a finalidade de propiciar educação escolar aos filhos e participar da festa que se tornara tradicional em toda a região e que ainda se comemora todo ano, no dia 22 de julho, sendo Padroeira da cidade, a Nossa Senhora Sant'Ana. Em 1933, com a morte do Sr. Januário da Silva Guimarães, com procedimento do inventário, verificou-se que essas terras não haviam sido registradas como patrimônio da Santa (paroquial), ficando de posse dos respectivos herdeiros.

Para evitar que o nascente povoado em desenvolvimento sofresse esse impacto, o Sr. Eloy da Silva Guimarães, filho do Sr. Januário da Silva Guimarães, promovendo mais festas, e com a rentabilidade adquirida, comprou novamente os cinquenta e sete alqueires de terra de sua irmã, Sra. Elvira da Silva Guimarães. Vinte (20) alqueires porém foram vendidos ficando, como patrimônio da Santa, trinta e sete (37) alqueires, devidamente escriturados. Pela Resolução nº 04/63, foi elevada à categoria do Distrito de Porto Nacional, com o topônimo de Silvanópolis, em homenagem a família Silva Guimarães seus fundadores. Em 10 de junho de 1980, passou à
categoria de Cidade, em terras do Distrito do mesmo nome, desmembrada de Porto Nacional. A sede do Município foi instalada em 01 (primeiro) de fevereiro de 1983, sendo eleito o primeiro Prefeito Sr. Alexandrino Ferreira dos Santos, permanecendo com um mandato durante 06 (seis) anos consecutivos.
Hoje a cidade de Silvanópolis é uma das maiores cidades produtora de soja de todo o estado do Tocantins com grande infra estrutura em armazém, maquinário logística e etc.

A Origem da Folia.

A origem remonta às celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV, nas quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com banquetes coletivos designados de Bodo aos Pobres com distribuição de comida e esmolas. Tradição que ainda se cumpre em algumas regiões de Portugal.

Assunto muito abordado pelo professor Agostinho da Silva. Há referências históricas que indicam que foi inicialmente instituída, em 1321, pelo convento franciscano de Alenquer sob proteção da Rainha Santa Isabel de Portugal e Aragão. 
A celebração do Divino Espírito Santo no planeta teve origem na promessa da rainha, D. Isabel de Aragão, por volta de 1320. A Rainha teria prometido ao Divino Espírito Santo peregrinar o mundo com uma cópia da coroa e uma pomba no alto da coroa, que é o símbolo do Divino Espírito Santo, arrecadando donativos em benefício da população pobre, caso o esposo, o rei D. Dinis, fizesse as pazes com seu filho legítimo, D. Afonso, herdeiro do trono. De acordo com os documentos, D. Isabel não se conformava com o confronto entre pai e filho legítimo em vista da herança pelo trono, pois era desejo do rei que a coroa portuguesa passasse, após sua morte, para seu filho bastardo, Afonso Sanches. Diante do conflito, a rainha Isabel passou a suplicar ao Divino Espírito Santo pela paz entre seu esposo e seu filho. A interferência da rainha teria evitado um conflito armado, denominado A Peleja de Alvalade. 

Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre a Virgem Maria e os apóstolos de Cristo sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento. Desde seus primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas no calendário agrícola do hemisfério norte, são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.
A devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer nos territórios portugueses, especialmente no arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para outras áreas colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América, e diversas partes do Brasil. 









6 comentários:

  1. sensacional, Luciano !! O Tocantins precisa valorizar sua história e cultura ! PArabéns

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    1. Obrigado é o início de um projeto que estou desenvolvendo

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  3. Prezado Marlon Silva, Não compreendi sua afirmação, todas as fotos foi eu quem tirei, todo o texto foi eu quem fiz, conversei com várias pessoas durante o evento e por sinal fui muito bem recebido. Sou pesquisador de cultura popular pesquiso e publico meus trabalhos e fotos. Do que você está falando?

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  4. Ola Luciano fico a sua disposição para falar da festa e você ficar por dentro. através do zap. 63.84673742 ou ate mesmo para falar como ela renasceu aqui tinha acabado a muito tem quem renasceu ela foi eu e minha esposa com ajuda da comunidade, so em 2010 tivemos uma ajuda de da scretaria de cultura do estado, e em 2011, em 2012 não tive ajuda da secult foi com recurso próprio e tive ajuda do ministério de cultura para arealização do evento em que você teve e fotografou.

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  5. Ola Luciano fico a sua disposição no Zap (63). 84673742 pode ligar também para você ficar mais interado sobre nossa festa eu estou nessa atividade desde de 2007 realizando ou seja fazendo ela eu resgatei aqui tinha acabado e troxe de volta.

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