domingo, 8 de setembro de 2013

Verdades e Mentiras sobre o Espaço Cultural de Palmas

Verdades e Mentiras sobre o Espaço Cultural de Palmas


Uma grande cobertura metálica, de aproximadamente 6.000 m², abriga o complexo cultural formado por biblioteca, teatro com capacidade para 510 pessoas, sala de cinema para 110 pessoas, 09 salas de aulas multiuso, administração e recepção.


Espaço Cultural de Palmas - Tocantins
projeto 1994, construção 1995/96
Projeto de Arquitetura: Paulo Henrique Paranhos
Construtora: Ecen Engenharia
Estrutura Metálica: Alusud










Alunos e Usuários do Espaço Cultural a ver navios 

Sem previsão de reabertura, os alunos que eram atendidos no Centro de Criatividade do Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, assim como os demais usuários ficaram a ver navios. Com o discurso de atender pessoas mais necessitadas, algumas das ações que antes eram desenvolvidas no local foram transferidas para pontos extremos da Capital, sem um planejamento e sem uma proposta pedagógica clara e definida.

O que antes vinha sendo desenvolvido de forma precária devido às limitações gerenciais, estruturais e financeiras da Fundação Cultural de Palmas, agora estão numa situação mais complicada. Ao anunciar uma suposta descentralização do Centro de Criatividades ainda no primeiro semestre de 2013, ficou a expectativa de que as ações seriam estendidas para as periferias da Capital; porém, o que aconteceu na verdade, foi a desativação do Centro de Referência e a “descontinuação” de suas ações.

Por que já chamá-lo de Centro de Referência?

Porque de fato tem sido. Desde sua criação, e partir do concurso público realizado em 2006 para professores com formação superior em educação artística, especialistas (Pós Graduados, Mestres,) em diversas áreas para atuar no local, tornou-se um centro de referência para quem procurava investir na carreira profissional artística e na docência no Ensino de Artes.

Prova disso é que vários professores de ensino de artes da rede pública e privada da capital eram alunos dos cursos de História da Arte, de artes visuais, de  teatro, de  instrumentos musicais e de canto.

Recentemente, a primeira turma do curso de Licenciatura em Educação Musical, promovido pela Universidade Aberta do Brasil - UNB pólo Porto Nacional, fez sua colação de grau numa turma que incluía ex-alunos do Espaço Cultural .




Os responsáveis (ou “irresponsáveis”) pela apresentação do relatório de atividades da gestão anterior preferiram apresentar um relatório à equipe de transição da atual gestão, contendo dados meramente quantitativos, sem levar em consideração os dados qualitativos, omitindo uma série de outros problemas que a entidade enfrentava e ainda enfrenta (percebíveis claramente a olhos nus).


Outra coisa importante de ser lembrada é que ações de formação artística já são realizadas na maioria das escolas da rede pública municipal, no centro da cidade e em bairros mais afastados, através do projeto Salas Integradas (descontinuado pela atual gestão), do Programa Mais Educação (Governo Federal), da Escola Aberta, além de outras atividades, já reconhecidas inclusive pelo Governo Federal.


(O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante à apresentação da Orquestra Sinfônica Dona Lindu. A orquestra, cujo nome é uma homenagem à mãe do presidente, é da Escola Municipal de Tempo Integral Eurides Ferreira de Mello, de Palmas - Fotos: José Cruz))





É muito importante entender, diferenciar:


Quais os objetivos dos projetos pedagógicos desenvolvidos nas Escolas de Educação Formal?

 Quais devem ou podem serem desenvolvidos num Centro de Formação Artística?

Qual é o processo de transformação e institucionalização da cultura no programa do Governo Federal e qual é seu conceito sobre participação social ?

A falta de profissionais habilitados na área de coordenação pedagógica no Espaço Cultural, falta de uma direção coesa com os princípios democráticos, que entenda o que é uma gestão compartilhada foi fator determinante para a situação atual.


Equipamentos Culturais Desativados

Galeria de Artes do Centro de Criatividades



A verdadeira descentralização (Ações significativas)


Obras para novos equipamentos Culturais Interrompidas.

Taquaralto - Morada do Sol 2




Quadra 1304 Sul





Equipe docente desmotivada, sem perspectivas de desenvolver um bom trabalho.

Segundo uma publicação no site do Sindicato dos Servidores, os professores enviaram mais de 10 ofícios ao atual Presidente da Fundação Cultural de Palmas e não receberam qualquer retorno.



Estão trabalhando sob pressão psicológica, sem condições pedagógicas de desenvolver um bom trabalho.

Outro problema de ordem administrativa foi a escolha das entidades conveniadas.

Que fique claro que em nenhum momento a intenção deste artigo é questionar a idoneidade das mesmas, mas, sim, a falta de chamamento público para realização de convênios com outras entidades privadas.

Mesmo usando de uma fundamentação jurídica para a escolha de tais entidades seguindo a Orientação Normativa nº 31, de 15 de abril de 2010 da Advocacia Geral da União que determina a precedência de chamamento público, a escolha das entidades causam margem para a imoralidade, falta de isonomia, pois excluiu do processo todas as outras entidades das regiões que desenvolvem um trabalho sério junto a comunidade.

Que tipo de proposta de descentralização é esta? de governo que se diz popular, que ao invés de trabalhar a inclusão, a participação social, propõe a exclusão fundamentada em pareceres jurídicos?

O edital de cultura lançado recentemente é uma boa iniciativa (ainda não concretizada), porém não garante continuidade de nada, vejam o que aconteceu com o Edital de Cultura do Estado do Tocantins.

Cadê o Conselho Municipal de Cultura? A desculpa de estar esperando a aprovação de nova lei para realização de eleições é balela, conversa para boi dormir, a alteração da lei não interfere nas eleições.

O prefeito errou ao não ter colocado novos gestores capacitados, pensando o desenvolvimento das políticas culturais municipais antenadas com o quê está acontecendo no resto do Brasil e no mundo, respeitando a cultura local, respeitando a diversidade e os projetos que vinham acontecendo.

Enfim mais um gestão cultural baseada no “achismo”, passam os anos, passam as gestões e tudo continua igual, “Mais do Mesmo” cultura do clientelismo, do fisiologismo, é o Balcão da Cultura fazendo a alegria do povo.

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