Tive a oportunidade
e o prazer recentemente de ler o livro do professor Édi Benini.
Lançado pela editora Icone em 2012, o livro aborda
um tema bastante polêmico, o pós-capitalismo e as possibilidades
da desalienação do trabalho e outras formas possíveis libertárias
da produção; fala da Economia Solidária, do Cooperativismo e de
tantos outros assuntos que talvez seja a proposta de uma Arquitetura
crítica de possibilidades.
(…) Com isso quero afirmar que a derrota apenas aponta para o fato
de que a classe operária ainda não desenvolveu instrumentos
suficientemente eficazes de emancipação social e não uma
impossibilidade de auto-organização por questões de “natureza
humana' ou coisas do gênero. ) Fernando Cláudio Prestes Motta ,
1986, p. 61).
É neste tom, de
uma citação ilustre que nosso autor começa seu
trabalho, dando-nos a impressão de que o livro tratará apenas de
questões de ordem partidárias ou de regimes, porém pelo contrario,
seu trabalho aborda questões muito mais profundas relacionadas ao
futuro e de possibilidades de uma nova forma social de organização
humana. Onde as relações podem e deverão serem mais justas até
porque se não conseguirmos viver numa sociedade preocupada com a
questão da sustentabilidade em algumas décadas ou séculos as
disputas pelos recursos serão muito mais conflitantes.
Uma boa leitura
segue ao final algumas dicas de onde adquirir o livro.
Luciano de Souza
Sinopse:
Considerando a autogestão como um conceito e práxis
que se opõe a alienação do trabalho, logo uma construção
histórica que tem no campo das tentativas de trabalho associado suas
primeiras manifestações concretas, é que passamos a discutir sobre
as condições para uma efetiva autogestão na economia solidária.
Nesta perspectiva, ao se problematizar três formas de enfrentamento
do trabalho frente ao capital: o reformismo, o estatismo, e a via do
trabalho associado (renovada no movimento da economia solidária),
transparece que, apensar dos limites de cada uma, somente a economia
solidária vem a questionar diretamente as mediações do capital. Na
segunda parte do livro, discutem-se as contradições do movimento da
economia solidária, ressaltando que a impossibilidade de realização
da autogestão reside na fragmentação material e econômica dos
empreendimentos econômicos solidários, ou na sua integração por
meio das mediações alienadoras do capital. Tal impasse leva a
necessidade de criação de novas mediações, a partir dos vários
acúmulos já conseguidos nas lutas e tentativas de trabalho
associado ou de formas de autogestão. Nesse horizonte, propõe-se
nova forma de se conceber a economia solidária, e com isso,
reorientar sua práxis, em três novas mediações: propriedade
orgânica, renda sistêmica e autogestão societal,
bases para um sistema orgânico do trabalho. Na terceira parte
discutimos formas de implementação de um autêntico sistema
orgânico do trabalho, situando o mesmo no
campo dos movimentos sociais e frente ao Estado. Por fim, advogamos
que a busca por meios para uma autogestão plena significa,
sobretudo, instituir as bases para uma sociedade de fato sustentável
e solidária.
(sinopse extraída do blog
http://www.azulmarinhocompequi.com/2012/07/professoro-edi-benini-lanca-novo-livro.html)
Editoras/ distribuidoras :
Nenhum comentário:
Postar um comentário