sábado, 19 de julho de 2014

Cultura e Consumismo

Apesar de vivermos em uma região aparentemente preservada, com amplas reservas e um biosistema relativamente equilibrado, vários serão os desafios para mantermos  o equilíbrio ambiental frente ao consumismo, principalmente por ficarmos a mercê de políticos supostos “visionários” que além de “políticos profissionais”  em sua maioria são também  grandes empresários,  ruralistas, industriais, empreiteiros lobistas e tantas outras espécies  que enxergam a terra somente como propriedade privada e vêem o Brasil como o futuro  celeiro do resto Mundo.

Acredito que muitos se lembrem de uma propaganda que chegou a ser veiculada na internet: virou notícia um safári Africano no Jalapão - um projeto mirabolante para tornar aquela região uma propriedade privada para exploração financeira sem qualquer preocupação ambiental. São indivíduos que agem como uma praga de gafanhotos devorando tudo e a todos que ficam a sua frente e por onde passam.

Com investimento de R$ 350 Milhões o plano foi apelidado de Out Of Africa Brasil era encabeçado  pelo ex-secretario  da Saúde do Estado do Tocantins Nicolau Esteves, previa a aquisição e o fechamento  de 100 mil hectares para a acomodação de 400 animais de 17 espécies como elefantes, leões , leopardos, búfalos, rinocerontes ( Brancos e Pretos ) zebras, hienas, kudus, e impalas .

Currículo do idealizador do Projeto:

Out Of Africa Brasil


Predadores e presas vivendo numa área cercada, sem interferência humana, nem mesmo para alimentação. A exploração se daria ainda com a instalação de hotéis de luxo nas proximidades para oferecer passeios para se ver os animais de perto a custos elevadíssimos.

Por sorte o projeto vazou e devido ao desgaste político causado pela falta de um estudo sobre o impacto ambiental, pelas ações movimentos ambientalistas e a por não haver referências sobre um projeto esdrúxulo como este o Governo do Estado recuou.

LICENÇA PARA PROIBIR
Há algum tempo atrás recebi também certo artigo de uma ruralista que é também nossa representante no senado federal, Kátia Abreu, o texto intitulado Licença Para Proibir publicado em 9 de Outubro de 2013 numa coluna do jornal  Folha de S. Paulo. O artigo é uma crítica a Portaria Interministerial MMA MJ MINC e MJ n º 419 de 26 de Outubro de 2011 . Nele a  Senadora Kátia Abreu faz duras críticas a esta orientação jurídica que Regulamenta a atuação dos órgãos e  entidades da Administração Pública Federal  envolvidos no licenciamento ambiental, de  que trata o art. 14 da Lei n. 11.516, de 28 de  agosto de 2007.

No artigo a nobre senadora tenta fazer uma inversão total de valores colocando o poder capital em pele de cordeiro ainda fazendo duras criticas ao órgão e entidades da Administração Pública Federal.

A Senadora afirma o fato de a portaria gerar uma insegurança jurídica, porém no próprio texto ela responde obviamente seus questionamentos, quando afirma que é impossível saber o que é terra indígena ou quilombola por portarias, pelo fato de a Funai, a Fundação Cultural Palmares como o IPHAN serem eivados de vícios antropológicos e passíveis de contestação e que novos “Meros  estudos já parariam uma obra”
 O texto na realidade tenta  levar o leitor, cidadão brasileiro, a acreditar que tais entidades não teriam pesquisas e dados estatísticos a respeito, pesquisadores competentes o suficiente, formados em suas respectivas áreas com importantes trabalhos já desenvolvidos para a Nação Brasileira.

Chega a afirmar ao final do seu texto que o que se pratica hoje com o empreendedor, com o ruralista, com os empreiteiros responsáveis pela construção de estradas, hidroelétricas e expansão agrícola em terras protegidas  é um bullying legal/ Ideológico.

O mais hilário ainda é candidatos em época de campanha eleitoral aparecerem vestidos em trajes indígenas ou em manifestações tipicamente do povo de matriz africana levando mimos e promessas.

Para ler mais sobre a portaria Interministerial que Regulamenta a atuação dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos no licenciamento ambiental:

Artigo da Senadora Kátia Abreu  publicado na  Folha de São Paulo:

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