terça-feira, 23 de dezembro de 2014

“CUSTO AMAZÔNICO NAS AÇÕES CULTURAIS”

As Conferências e Fóruns Nacionais de Cultura tem afirmado o reconhecimento de um “custo amazônico” a ser incluído em todos os novos programas e editais para projetos culturais nacionais. Esse custo é entendido e chancelado pela participação social no governo em todas as esferas como o entendimento de um fator que onera as iniciativas artísticas culturais devidas a questões geográficas e logísticas da região.

Todas as deliberações partem de grupos colegiados com participação e representação nacional sendo articuladas a partir de 2005 com Gilberto Gil como ministro da cultura.

As prioridades são tratadas uma a uma, de acordo com suas naturezas, algumas serviram e servirão para incrementar políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estimulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.


Projetos e programas como ”Música na Educação Formal”,   “Mais Cultura na Escola” e “Mais Cultura na Universidade”  já são frutos de ações interministeriais a partir das  conferências.

No caso específico do “custo amazônico” muito se avançou como  por exemplo o edital de intercâmbio nacional e internacional, que considera os preços de passagens aéreas e o custo elevado para a circulação e produção a partir e  na região  Norte em detrimento das outras regiões.  

Além disso, outras iniciativas como outro exemplo os  Microprojetos na Amazônia Legal  que tem como objetivo implementar as diretrizes traçadas pelo Programa Mais Cultura, regulamentado pelo Decreto Presidencial nº. 6.226, de 04/10/2007, onde o Ministério da Cultura, através da Secretaria de Articulação Institucional/SAI, e a Fundação Nacional de Artes – Funarte,  tornam pública uma ação, voltada para Municípios integrantes da Amazônia Legal.

Outro avanço foi edital de incentivo à cultura da região Norte, através do edital  Vale do Rio Doce. Pensando que o índice de investimentos em projetos culturais da região amazônica seja o  menor do Brasil de acordo  os dados apresentados pelo MinC , enquanto São Paulo consegue captar 40% dos recursos disponíveis pela Lei Rouanet, o Estado do Tocantins só capta 0,004%. Sendo assim a região Sudeste apresentou em 2011 cerca de 6.891 projetos dos quais 5.374 foram aprovados. Já na região Norte, somente 157 propostas foram apresentadas e apenas 71 foram aprovadas.

Por isso da necessidade da Participação Social nas conferências e nos conselhos Municipais, Estaduais e Federal de cultura. A descentralização e a transparência na aplicação de recursos provenientes das verbas públicas implica na institucionalização  da cultura  através do controle, da participação social, da  sistematização e de planos para sua efetividade.








Uma Política Nacional de Cultura não tem Partido.












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