domingo, 17 de maio de 2015

Arquitetura e Intervenções Urbanas


Espaço Cultural de Palmas - Tocantins



O arquiteto Paulo Henrique Paranhos, criou um relevo artificial sob a cobertura metálica espacial. “Levando em consideração a topografia local e o clima da região, propôs uma praça coberta que, na relação singela da volumetria com os grandes vãos da estrutura, ganha forte expressão na paisagem urbana. O projeto enfatiza a relação de densidade e transparência, mas mantém total permeabilidade do conjunto”. (REVISTA FINESTRA 17, 1999).



O projeto elaborado pela equipe do arquiteto Paulo Henrique Paranhos, ganhou destaque no 3º Premio Jovens Arquitetos realizado em 1997, e ainda foi selecionado para publicação no anuário internacionalAWA- Award Winning Architecture 1998/99.






Hotel Castelo Palmas - Tocantins




Contrastando a esta arquitetura é possível conferir também em Palmas uma intervenção da iniciativa privada idealizada pelo proprietário  do Hotel Castelo fundado em 1992 e tem sua arquitetura  Inspirado nos castelos da idade média.
  



Espaço Cultural de Palmas - Tocantins
projeto 1994, construção 1995/96
Fonte: Finestra 17, Página 91
Projeto de Arquitetura: Paulo Henrique Paranhos
Construtora: Ecen Engenharia
Estrutura Metálica: Alusud









Estruturas Tubulares

 HISTÓRIA


A história da arquitetura brasileira se iniciou no período colonial, as construções desta época eram feitas com madeira e barro, que estruturavam as construções de taipa. Depois foi introduzido o tijolo cozido, pela facilidade de manuseio e transporte, por se tratar de um material com pouco peso. Nesta época estes eram os materiais mais abundantes e de mais fácil utilização, pois, não tínhamos mão-de-obra qualificada para execução das construções. Se a principio o tijolo foi utilizado porque não dispúnhamos de pedra ou outros materiais artesanais adequados, com a industrialização o processo de produção do tijolo foi facilitado e este continuou a ser amplamente utilizado. A disponibilidade de matéria prima abundante e barata, e facilidade do uso consagraram o tijolo como material de construção dos brasileiros. O emprego do concreto armado para estruturas segue no mesmo contexto. Surgiu como um material moderno e que pode ser misturado na obra de forma artesanal com materiais baratos e fáceis de serem encontrados; areia e pedrisco. Bruand, 2003, acredita que o êxito do concreto armado no Brasil não pode ser explicado unicamente por razões econômicas, mas não duvida que estas teriam um papel decisivo. Além disso, a preparação do concreto no próprio canteiro de obra não exige operários qualificados, fato importante num país onde eles são escassos. Ainda no período colonial o país já sabia da possibilidade do uso de metais, mas estes não eram fundidos, tínhamos o metal, mas não o carvão ou petróleo em quantidade suficiente para a fundição, além disso, as pessoas que sabiam fundir o metal eram consideradas suspeitas de serem subversivas e se tornavam vítimas de perseguições. As fundições de ferro só se instalaram no país nos últimos anos do século XVIII (COSTA, 2001). Outro fator importante para que a industrialização fosse atrasada foi a política alfandegária que remonta do período imperial, que favorecia os interesses dos Estruturas metálicas tubulares: interface com projeto de arquitetura 20 grandes latifundiários (cafeicultores), que exportavam seu café para o mercado norte americano e europeu e em troca garantia a vinda de produtos industrializados para o Brasil. Neste período o aço foi utilizado nas construções no Brasil, aço importado que era empregado na estrutura e ficava encoberto ou nos ornamentos, das construções. Costa, 2001, afirma que eram importados edifícios inteiros de ferro pré-fabricado produzidos na Europa, estes edifícios ficaram conhecidos como ‘arquitetura metalúrgica’, Eram importados materiais para construção de teatros, mercados, estações ferroviárias, elementos urbanos e também para residências. As peças eram vistas como símbolo de progresso. Este quadro só mudou depois da Primeira Guerra Mundial e da crise de 29, a importação de qualquer produto se tornou inviável, e a industria foi obrigada a se desenvolver. A dificuldade de importação de materiais conhecidiu com o movimento da nova arquitetura que se utilizou então do concreto armado, solução mais econômica na época. As construções com estruturas metálicas não deixaram de existir, mas foram restritas a casos especiais, onde seu emprego não poderia ser substituído pelo concreto. Foi utilizado também como complemento das construções, em brises, esquadrias, estruturas de panos de vidro e outras aplicações. De acordo com Dias, 1993, o inicio dasindustrias siderúrgicas no Brasil acontece em 1946 com a construção da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN. Até então todas as obras com estruturas metálicas feitas no país incluindo a CSN utilizavam material importado. Em 1950 pela falta de tradição de uso de estruturas metálicas a CSN teve dificuldade de comercializar seus produtos no mercado interno. Seguindo a sugestão da USX –United States Steel, a CSN instalou uma fábrica de estruturas com a finalidade de consumir a própria produção de laminados e incentivar o seu uso. Outras iniciativas também deram impulso ao uso de perfis laminados em construção, uma destas iniciativas foi o início de cursos de detalhamento de estruturas metálicas organizado por Roosevelt Carvalho. Estruturas metálicas tubulares: interface com projeto de arquitetura 21 Atualmente o mercado já conhece a estrutura metálica, mas ainda resiste ao uso dos perfis tubulares de seção circular por ser um perfil relativamente novo, foi inserida na VallourecMannesmann Tubes do Brasil em 2000. Até esta data a produção de tubos da empresa V&M do Brasil era voltada para a indústria petrolífera e não empregada em construções.

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